segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Alma gémea

Noutras andanças da blogosfera, afirmei que tinha descoberto que tinha várias almas gémeas. Algumas conheço há muito tempo, outros permanecem mais ou menos desconhecidos, mas nunca estranhos. Há uma que é a excepção. Não o conheço há muito, não é desconhecido nem estranho. Embora a geografia agora nos separe há muito (demasiado!) tempo. Entre a minha viagem e a dele não nos vamos ver um total de 18 meses. Neste caso, um pequeníssimo detalhe. Nada mais.

Há sempre um espaço para ti na minha lembrança. E por lembrança quero dizer aquele sprint mental que o cérebro por vezes faz sem autorização. Aquele "onde andará o...", "o que estará a fazer a..." ou " o que será feito do..." que vem do nada e leva a nada, que vem sem pedido e nos deixa sem resposta. A lembrança! Conceito completamente diferente da memória, da obrigação, do dever ou da intenção. A lembrança!

Foi de mansinho, devagar-devagarinho, sem eu me aperceber para não me assustar, que vieste para perto, como vejo os leões fazerem às gazelas nos programas do National Geographic. E, confesso, não houve dúvidas, reservas (mentais ou linguísticas), hesitações, faux pas... Quando te vi pela primeira vez, já te conhecia. Pior! Já tinha deixado que me conhecesses. Sem volta a dar, sem remédio, sem marcha-atrás que entrasse. E, estranhamente para mim, ainda assim continuaram a não existir as dúvidas, reservas, hesitações ou faux pas. Só um conforto imenso, pela noção de que, contigo, não têm de existir.

Porque tu fazes o que eu faço. Compreendes o que eu faço e porque o faço. Não questionas o desvio à normalidade, na minha presença ou em voz baixa, para ti. Na tua ausência, reli-nos uma, outra e outra vez. Só para mim, sem comentários. E acompanho-te virtualmente para te poder localizar geograficamente. Para te ver na minha cabeça. E para te ver a alma. E medir a sua expansão. E digo-te "guarda bem cheiros, memórias triviais e montras de lojas" porque não te vou poder ajudar a relembrar lugares nos próximos tempos, como tens feito por mim. E espero que me ouças. Sei que me ouves. É a tua "lembrança" de mim a sprintar. Sabias? Aposto que ainda não tinhas verbalizado isto. Pois é...

E por isso, minha querida "alma gémea das viagens" (como tu tão bem puseste, mas não conceptualizaste de igual modo - é que não são só viagens físicas, são também mentais), vai! Anda! Vai lá ao teu sonho e agarra-te a ele com ganas de quem suga o tutano à vida. Vai para o ponto mais a sul possível para longe de mim só para voltares mais! Cheio, inteiro, uno... MAIS!

Vai! A sério! God speed.
Podes ir que eu fico. E... no fundo, tu também... na lembrança.

Fui ver o discurso do rei

e só não cortei os pulsos porque não há objectos pontiagudos nas salas de cinema.

Colin Firth irrepreensível, concedo. Até Geoffrey Rush... Agora... 12 nomeações???!!! Come on!!!

Mas temos de vos explicar tudo?

Diálogo entre Jonnhy Depp e Angelina Jolie no Turista:
  
Elise: Invite me to dinner, Frank? 
Frank Taylor: What? 
Elise: [gives him a look] 
Frank Taylor: Would you like to have dinner? 
Elise: Women don't like questions. 
Frank Taylor: Join me for dinner. 
Elise: Too demanding. 
Frank Taylor: Join me for dinner? 
Elise: Another question. 
Frank Taylor: [thinks for a moment] I'm having dinner, if you'd care to join me. 
Elise: [smiles at him] 


E isto, entre outras coisas, pôs-me a pensar... Os homens andaram demasiado tempo durante os "vintes" iniciais a  deslumbrar-se com a fauna do Docks e estabelecimentos que tais. A, noutras palavras, "ir às Cláudias" (que identifica um género e não uma ou várias pessoas) e agora, mais perto dos "trintas", observo e só vejo uma de duas coisas: 


ou homens que se comportam como verdadeiros neandertais, que já não sabem a diferença entre umas mulheres e outras e, portanto, faltam ao respeito a todas; ou


homens que reconhecem a diferença e, portanto, se comportam como elefantes em lojas de porcelana e nunca sabem dizer a coisa certa (ou até a menos errada, vá). 


E isto faz-me perder a esperança de um dia algum homem vir a conhecer-me com a mesma distracção e método com que desfio um croissant antes de o comer - uma das minhas muitas manias, que não são defeito, são feitio!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Alguém aqui está baralhado

Acabei de ser convidada para jantar por um desconhecido claramente gay. Nem sei como interpretar...

Seriously?

The Streets vão acabar...
White Stripes vão acabar...
LCD Soundsystem vão acabar...

Os Gorilaz não.

O saldo continua negativo! Mais alguém?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tou de rastos...

Spoiler - Quem ainda não viu este filme e não quer saber nada não veja este video.


Acabei de ver o Black Swan e... Que obra prima! Mais do que dividir os filmes em "Gostei" e "Não gostei", divido-os em "Mexeu comigo" ou "Não me disse nada" e este filme abalou-me, perturbou-me de uma maneira que só o posso classificar como Obra Prima. Se gostei... Na verdade, não. Normalmente gostamos de experiências agradáveis, que nos fazem sentir bem e ninguém no seu perfeito juízo pode dizer que é agradável. Agora, coisa diferente é se me afectou. E isso sim. Não é um filme fácil, mesmo na categoria dos filmes difíceis. A Natalie Portman é simultaneamente boa actriz e boa bailarina, o que faz dela uma óptima actriz. Tem todos os ingredientes que fazem, para mim, uma obra prima: uma boa performance, um dark side, algo que nos faz, enquanto espectadores, ultrapassar os limites da razão para atingir a compreensão plena, uma banda sonora do caraças e uma cena memorável, que ficará para a história do cinema. Sem dúvida! Que cena! Que papel! Que filme!

Feliz dia dos namorados

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Medida da passagem do tempo

Hoje apercebi-me que se fosse jogador de futebol, já só era vendida por cerca de 1,5/2 milhões... E provavelmente para o olhanense acabar a carreira na Miami cá do sítio!!!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Está na hora...

de voltar! Não fisicamente que já tinha chegado, mas com a mente a acompanhar o corpo. Dia 3 fiz 29 anos, dia 4 o Atrás da Lua fez 4 anos e dia 8 fez 1 ano que parti.
Pronto... Finalmente estou pronta para voltar, por enquanto, pelo menos.

Olho para trás, para o passado mais recente e vejo o que mudou. Estava a trabalhar como advogada de financeiro num grande escritório. Já não estou. Esse tempo acabou. Não soube logo o que queria fazer. Mas sabia o que não queria. Desperdiçar a vida, o que, no meu caso, seria ter ficado no escritório . Tive simultaneamente a humildade e ambição de perceber que o meu sonho era concretizável, estava à distância do desejo e da determinação. E pus as mãos à obra, os pés ao caminho. 

Agora trabalho em responsabilidade social, na instituição que sempre quis. E sou um pouco mais feliz.

Num plano pessoal, estou mais consciente de mim. Tenho tudo mais claro à minha volta. Sei o que é importante e quem é importante na minha vida. Agora jogo ténis com o meu pai, e abraço-o de quando em vez, porque tenho medo de um dia querer fazê-lo e não poder. Não o quero desperdiçar. Tento "estar" no lugar onde estou a cada momento e só estou onde quero. Já não sou tão "durona", mas continuo a não gostar de falar de mim. Por isso mesmo, este blog continua a ter uma razão de ser. 

Escrevi um livro, talvez o publique. Montei um projecto de fotografia, que corre bem, para acalmar a paixão.

Mantenho contacto com amigos novos e mantenho na mente aqueles que vivem em locais tão remotos, que são impossíveis de contactar.

Interessei-me por astrofísica e ando a descobri-la. 

Sinto mais o chão debaixo de mim, ocupo mais espaço no mundo. E o espaço que ocupo é de maior qualidade. Deixei de ter medo de nunca estar bem em lado nenhum, de querer sempre mais e mais e mais... Deixei de ter medo de nunca estar satisfeita. Dividi a insatisfação em bocadinho e atendo um de cada vez. Agora é Portugal, trabalho, o blog etc. As viagens voltarão e na altura atenderei ao chamado.