Quero!

Lembro-me de sermos miúdos e o meu pai nos perguntar "O que querem ser quando forem grandes?". O meu irmão enchia o meu pai de orgulho quando, muito novo, respondia: "ser feliz". Passados alguns anos, a resposta dele mudou para "ser rico", dito com o mesmo entusiasmo e brilho no olhar. Eu fiz o percurso inverso. Há uns anos queria ser rica, agora já só quero ser feliz! Um óptimo 2010 a todos!

SINGSTAR, mulher

Haja uma alma caridosa que explique isto à Filipa Castro! Eu concedo, ela é gira, bem feita, e tudo e tudo e tudo. Mas ouvi-la no novo anúncio do Singstar (só apanhei no AXN), a repetir até à exaustão: "Vem jogar o Sing-A-star", "O Sing-A-star é o melhor jogo!" e por aí fora, faz-me desejar que a realidade aumentada fosse uma verdadeira realidade e funcionasse em duas vias, para enfiar a mão pela Tv dentro e pregar um par de tabefes bem assentes na rapariga. Não há "A", ora lê lá bem na caixa do dito. É só a contracção de 2 palavras SING + STAR, percebes? Singstar, repete. Singstar! Apre, lá porque és loura foge ao estereótipo, mulher!

Por mim passas

Sendo este blog meu, falo aqui do que eu bem quiser e entender. Pois agora apetece-me falar dos Ídolos, mais concretamente de um Ídolo. O rapaz da foto ("emprestada" descaradamente do site da SIC) dá pelo nome de Filipe Pinto e após muita relutância do próprio é candidato e finalista da 3ª Edição dos Ídolos.

Em primeiro lugar, dou nota do facto de que, na minha leiga opinião de ouvinte de música desde que me conheço, os concorrentes desta edição têm, geralmente, em concreto e analisados pelo prisma que melhor vos convier, muito mais qualidade do que nas edições anteriores. Onde já se viu uma gala em que o comentário mais mordaz que se houve do Júri é "não fizeste uma escolha de música inteligente"?!

Mas há um caso em particular... Oh se há! Este puto pôs-me a seguir o programa religiosamente. Mais! A consultar sites de fãs na net para ver os videos dele. Pior! Pôs-me... a votar! Sim, isso mesmo. Desde o primeiro momento, em que o ouvi/vi, por entre o visionamento de milhares de candidatos que deveriam trabalhar no controlo de qualidade de uma fábrica de vidro na Marinha Grande a testar a resistência do material (a.k.a. "Cromos"), aparece-me este gajo, jeans e t-shirt, viola ao peito, e deixa-me siderada com um Better Man mais-que-perfeito. Depois hesita e tal, não sabe se quer, não sabe se não quer, não sabe o que quer e leva na cabeça por isso. Ora, se virmos bem as coisas esta hesitação não me parece nada de anormal. Em primeiro lugar, porque ele ainda é novo e é normal que ainda não saiba o que quer, em segundo lugar porque ele sabe (é impossível não saber) que é bom. E portanto, a mera "ida a Lisboa" e mais-não-sei-o-quê, equivalem muito provavelmente a um aninho perdido na Faculdade. Por isso, a meu ver só lhe fica bem e demonstra inteligência a hesitação.

Depois há ainda outra questão, mais... subjectiva, diria. O facto disto ser o Ídolos e este puto ser por natureza e pelo que nos foi dado a ver, um Anti-Ídolo. Alegro-me e orgulho-me de aparecer no meio de milhares de concorrentes um puto com qualidade e que reconhece a qualidade. Com a ousadia de furar entre as estrelas cadentes que são as Beyonces e Kate Perrys com verdadeiros planetas como Radiohead ou Pearl Jam. O alinhamento deste gajo a solo foi, até agora, irrepreensível: Better Man - Pearl Jam; Cavaleiro Andante - Rui Veloso; Use somebody - Kings of Leon; Ouvi dizer - Ornatos Violeta (Meu Deus!) e, last but not (at all) least... High and dry - Radiohead.

Ele tem uma voz que me remete a grandes pesos-pesados (Eddie Vedder, rouca, Matt Berninger quente, Thom Yorke, inconfundível), tem, ou melhor, terá a postura de stage monster de Dave Grohl e, tivesse ele nascido nos EUA, tenho a certeza que já estaria a provocar ondas na crítica e no público. Provem que estou errada e que o mesmo pode acontecer, tendo ele nascido em Portugal.

Mais! Na minha opinião pessoal e atendendo ao facto de adorar bad boys, atendendo ainda ao facto dele ser claramente um bad boy pela forma como levanta os olhos do microfone com aquele ar de não-sei-se-te-bata-se-te-beije e passando ao lado do facto de ter mais de uma mão cheia de anos a mais que ele, tem o sex appeal q.b. para provocar desejo nas mulheres e inveja nos homens.

Juntam-se os ingredientes todos e... Não sei se serás o próximo Ídolo de Portugal, não sei se os planetas são maiores e mais identificáveis do que as estrelas cadentes, por isso não digo que vais ganhar. Mas digo que, mesmo que não ganhes e caso queiras, há espaço no meu Ipod para ti. E espero sinceramente que não deixes de cantar, pois é um prazer imenso ouvir-te.

Desafio à gravidade

Há coisas mesmo muito boas

Franz Ferdinand é uma delas. Ontem no Campo Pequeno saltei, cantei até à rouquidão, sorri para estranhos e fui totalmente compreendida.

E não me importo de passar por miúda que se rende a clichés (quando algo se torna um cliché não é porque resultou tantas e tantas vezes?), mas irei sempre derreter-me quando vejo um cantor em palco a pôr um cachecol de Portugal ao pescoço.