Preciso ser um outro
para ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustendando
o sexo das árvores
Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro
No mundo que combato morro
No mundo por que luto nasço
Mia Couto, Raiz de Orvalho e outros poemas
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
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