domingo, 24 de agosto de 2008

08.08.08

O dia mais longo de sempre...
Começou muito antes das 6 horas a que acordei para ir para o aeroporto. Começou meses antes!

Tudo arrumado, conseguimos (2 raparigas!) a proeza de viajar com 2 mochilas relativamente pequenas, suficientemente pequenas para poderem passar no escrutínio das bagagens de mão. Ainda assim os senhores da American Airlines aconselharam-nos a despachar a bagagem. Nós acedemos. ERRO!

Lisboa - Londres - Dallas - San Jose


Perdi a contagem das horas algures sobre o Atlântico. À custa de fusos horários este dia teve 31 horas! Das quais só dormimos cerca de 2.
Suspirei de alívio quando finalmente caiu a noite.
Longe, muito longe ficou o trabalho, família, Algarve, assaltos ao BES e correspondentes debates sobre a escalada da violência, talk shows, directas, curtas adaptações para cinema e teatro. Até os jogos olímpicos não tiveram lugar no meu dia 8 do 8 de 2008 - todo ele passado dentro de um avião.

Chegámos a San José às 9.30h (hora local), 4.30h (hora de Portugal). Encaminhámo-nos em modo zombie para a lagarta cuspideira de malas. Vemos a mochila da G., da minha nem sinal. As pessoas dispersam, as malas acabam de girar e a minha nem vê-la.
Balcão da AA, reclamo (mais comigo, por ter despachado a mala do que com o senhor, coitado. Já viram bem o seu trabalho? Receber constantes reclamações de pessoas que, na maioria das vezes, não falam a sua língua). Dizem-me que não sabem, em que morada estou (não tenho hotel marcado), prometem que me ligam para o telemóvel quando a mala chegar, não acredito totalmente.
Parece que os senhores da AA acharam boa ideia mandar a minha mala para Miami. Ora, tendo em conta que estou na Costa Rica dá um jeitão!
Consigo cravar um kit necessaire e bazamos. Já tou tão habituada a que isto me aconteça que começo imediatamente a fazer contas a quanto dinheiro vão ter de me dar.
Vamos aos rent-a-car. Logo no 1º balcão dois homens chamam-me. Vou, faço sinal à G. para ir a outro.
Os meus fazem melhor preço e oferecem-se para para nos levar a um hostal ali perto (decidimos ficar em Alajuela - localização do aeroporto a cerca de 20 km da capital - por causa da minha mala). Aceitamos.
Somos recebidas pela D. Maria (um doce de senhora, apesar do meu cansaço). O facto de não ter mala revela-se uma vantagem já que não sinto o mínimo remorso de me atirar tal qual estou para cima da cama.

CHEGUEI!

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