segunda-feira, 25 de agosto de 2008

09.08.08




Acordamos cedo, mas tarde para a Costa Rica. Agora sim, vou conhecer melhor a D. Maria. Uma simpatia de senhora. Pergunta-nos se queremos comer. Sim, queremos. Faz-nos ovos mexidos com bacon e tortilhas. Convido-a a sentar-se connosco.

Passamos um bom bocado a falar, fala-nos de uma agência de carros mais barata. Sentimo-nos mal já que nos comprometemos com o Jorge (que nos deu boleia ontem do aeroporto), mas o dinheiro aqui conta-se em estadias em sítios novos em mais sítios para visitar.

Ligo para o aeroporto, encontraram a minha mala.
Alugamos um Suzuki Jimny que apelidamos de Pavones - "JIMNY PAVONES" ao nosso dispor.
Vamos ao aeroporto, apanho a mala e seguimos para o Arenal. "3.30h", dizem-nos. A ver vamos.

Ao longo da viagem literalmente pelo meio da montanha, o que mais nos espanta são os pequenos botecos (aqui "Sodas") à beira da estrada cheias de pessoas sem carros à vista. Virão do mato?

Vários homens sentados à porta de casa seguem-nos com o olhar. Vemos putos a jogar à bola em campos mais verdes do que nunca. Sente-se um cheiro estranho, persistente. Interrogamo-nos sobre o que será. Faz-se luz... é clorofila da vegetação!

Continuamos a subida até vê-lo, em todo o seu esplendor. O vulcão Arenal ainda activo proporciona espectáculos de fogo de artifício todas as noites. Quase todas. Duvido que hoje seja uma dessas noites. Tem um capacete de nuvens que lhe dá um estranho aspecto de bomba atómica.

Temos ainda uns quantos kms de para percorrer numa estrada de terra batida que só lá vai com tracção às 4. Não se vê mais ninguém na estrada, a noite está a cair e não há redes de telemóvel. É bom que as indicações estejam certas. Também não há grandes alternativas para além do caminho de cabras que percorremos.
Atravessamos uma ponte mínima e vemos 1 sinal de 1 escola. Eram os nossos pontos de referência, embora nos tenham mencionado a ponte como "entrance to town". Parto-me a rir com estes gajos!

O único sítio que arranjámos para dormir é uma casa em construção que pertence a um tal de Glenn, que também é dono do observatório de borboletas. Um tipo que, concordámos, anda claramente on the run de qualquer coisa. Aquele género que é extra simpático mas não olha as pessoas nos olhos.
Tomámos banho e saímos para comer. A quantidade de pirilampos é inacreditável! A quantidade de todos os bichos, aliás, que aqui parecem mutantes!

A G. tenta expulsar 1 ser do tamanho do meu polegar, que concluímos ser o bastardo de uma barata e de uma aranha, gritando-lhe: "Sai daqui! O quarto é meu!" Estranhamente não foi bem sucedida...
Voltamos do jantar e quinamos, sem pensar mais nos bichos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sem pensar mais nos bichos... Falas claramente só por ti, que eu essa noite dormi de lençol por cima da cabeça!
ehehehe
G.

Atrás da Lua disse...

Lololol. Ok, com os bichos no subconsciente mas não nos sonhos ;)