sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O meu Pai não é o Bruno Aleixo... Mas podia ser.

Eu: "Pai, tenho uma camisola beje no meu carro. É sua?"
Pai: "Beje? Não. Mas não sei de uma verde-seco."

Dias depois, no meu carro
Eu: "Esta! (passando-lhe para as mãos uma camisola beje, café-com-leite, creme, whatever) Não é sua?"
Pai. "Pois... verde-seco!"

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Achievement

Puto, hoje fazes 21 anos...
E o que é que isso te traz de novo?
Assim de repente... Ah! Já Atingiste a idade mínima legal para beber em qualquer país do mundo...

Parabéns!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Coisas que me tiram no sério...

beijinhos de cumprimento dados com pescoços a serem firmemente agarrados. E depois, ajo como uma atrasada mental, não é? Talvez para a próxima che.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bons velhos tempos





Ontem eram 22.20h e eu estava sentada em frente à televisão com uma sopa à frente, a fazer zapping pelos canais de séries. No peito uma tristeza estupidamente profunda por não estar (pela 2 vez) a ouvir o Axl Rose em palco. Em 1992 tinha só 10 anos e, apesar de adorar Guns n' Roses, os meus pais não me deixaram ir. E acreditem, tentei de tudo para ir! Podem dizer-me: "O concerto foi péssimo, ele amuou"... e tal. Em retrospectiva, sei que isso é verdade mas tinha-o visto a ele e aos outros. Ainda hoje tenho para mim que devia ter ido a esse concerto, ao estádio de Alvalade. Eu sei tinha 10 anos, mas é preciso verem que a minha primeira cassete (à séria), comprada com 7 anos, era dos Clash!

Durante a minha adolescência, forrei as paredes do quarto com posters dos Guns, ou só do Axl, ou só do Slash. Quis (e fui) aprender a tocar piano. Não para poder tocar Mozart como gostaria o meu  pai, mas para tocar o November Rain, cuja melodia tirei de ouvido. Agora interrogo-me se a expressão que via na cara dos meus pais era a mesma que agora adopto quando vejo miúdas histéricas a descabelarem-se pela constipação do vocalista dos Tokyo Hotel. Quero acreditar que não. Acredito que não. Não é a minha versão pessoal de "Ai, no meu tempo é que era". É uma avaliação objectiva de grandes músicos que arriscavam tudo numa época em que o sucesso não era imediato, não estava à distância do youtube ou Facebook, que eram complexos e dark, e recorriam a drogas e coisas que tais para fazer magia. Não sou apologista disso, mas sou reconhecedora de que só almas torturadas fazem aquela magia. Almas torturadas como Axl, Cobain, Janis Joplin, James Morrison, Eddie Vedder ou Michael Hutchence.

Chorei por aquele homem (Axl) como por nenhum outro. Aliás, estou convencida que os ídolos de adolescência desempenham um papel fundamental no crescimento de qualquer mulher. Só depois disto estamos preparadas para lidar com os desgostos de qualquer relação. Saberão os homens que já passaram ou passarão pela minha vida o quanto devem ao Axl Rose?

Depois a pancada passou-me. Tanto quanto uma pancada passa a alguém. Continuo a ouvir Guns regularmente. Continuo a saber todas as músicas de cor e salteado. Continuo a imitar o gingar do Axl ao espelho. Continuo a gostar de calças de cabedal justas e botas da tropa. Posso agora calçar umas de verniz da DKNY, mas é só uma versão polida do punk. Continuo a gostar e a vestir-me de preto e a achar as letras das músicas poemas.

Ontem eram 22.20h e eu estava sentada em frente à televisão com uma sopa à frente, a fazer zapping pelos canais de séries. No peito uma tristeza estupidamente profunda por não estar (pela 2 vez) a ouvir o Axl Rose em palco. Mandei uma mensagem ao meu irmão (que estava lá): "Está a ser brutal?". Resposta: "Ainda não começou". Golpe do destino, o que quiserem. Nem pensei muito. Dei por mim a voar pela 2ª circular em direcção à Expo. Larguei o carro e corri (CORRI) até ao Pavilhão Atlântico para bater com o nariz nas bilheteiras fechadas. "Ainda não começou", nova mensagem do meu irmão. Arranco (de novo a correr) para a FNAC do Vasco da Gama e, após alguns contratempos, pergunto à senhora da bilheteira se ainda há bilhetes. Diz que só vende até ao início do concerto. Digo-lhe que o concerto ainda não começou. Quando estou a inserir o código do MB, liga-me o meu irmão: "Está a começar". Arranco de novo em direcção ao Pavilhão já de bilhete na mão, sorriso na cara e sonhos na mente. Perdi uma música. Entrei ao som dos acordes do Welcome do the Jungle. E saltei, vibrei, cantei! Faltou-me claro o Slash, faltou claro todas as outras músicas que adoro que não foram tocadas. Mas não morro sem ter visto o meu ídolo em cima de um palco!