sexta-feira, 29 de julho de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

This is me trying...



This is me thinking maybe
This is me not killing us before we exist
This is me forgetting all our pasts
This is me thinking I deserve it too
This is me letting myself go
This is me taking a leap of faith
This is me accepting
This is me not questioning
This is me living life
This is me trying… really trying

So, would you please… just... please be patient?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Desencontros do príncipe dos mendigos

Sentada num banco da Av. da Liberdade, enquanto gozava os últimos minutos da hora de almoço, vejo um velhinho aproximar-se. As roupas e acessórios denunciaram a condição: mendigo. As roupas sobrepostas no corpo indicando a falta de armário para as guardar. Os sacos de plásticos amarrados com nós uns aos outros, deixam perceber o hábito de andar com os bens atrás. Apoiado numa bengala que alguma vez terá sido canadiana, enfeitada com guizos que anunciam a sua chegada muito antes dos passos lentos e curtos o fazerem. Aproxima-se e diz: "A menina está aqui há muito tempo?". "Não, cheguei agora mesmo." E segue, lutando com a vergonha e a dificuldade em articular: "Não viu aqui uma senhora? Tem assim 60 anos e costuma parar neste banco ou no outro. Mas agora tiraram o outro... e eu pensei que podia estar neste". "Não vi... Mas tenho de me ir embora, porque é que não se senta e espera por ela?"

Afinal ainda há pessoas que se encontram sem telemóveis e emails e GPS. Encontros fruto do acaso e da observação das rotinas alheias. O que será que ele queria? Companhia? Dois dedos de conversa? Amor? Acertar contas entre sem abrigo? Nunca saberei. Espero que ela venha a saber... Espero que este encontro se dê. Espero que fosse por companhia, ou dois dedos de conversa, ou amor. Porque prefiro esta minha loucura saudável de quem vê lirismo na mendicidade.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Fuckin' hell guys...

O que dizer de mal do SBSR? O que dizer de bem do SBSR? Mal, já sabemos! Pó, as casas de banho, as filas nos bares, os acessos, o som que podia ser melhor. Certo. Concordo, tudo isso é horrível, mas não me demoveu. Nem a mim nem às restante 89.999 pessoas que por lá passaram nestes dias. E enquanto assim for... sejamos sinceros... não há verdadeiro incentivo para a organização fazer alterações.

Depois há o mal que posso dizer por o meu grupo ser a eterna desorganização, em que todos temos a confiança estupidamente que nos leva a pensar que é irrelevante carregar baterias de telemóvel, combinar pontos de encontro ou organizar-nos com boleias - o que inevitalmente resulta numa média de 3h por noite para chegar a casa. Mas também não me vou auto-flagelar por isso.

Por isso passo já para a parte em que digo bem. E ouvi muito boa música aqui. Ouvi Nicholas Jaar, Tame Impala, Chromeo (que foi excelente!), ouvi Ian Brown (que em cima de um palco tem o tamanho de um gigante), ouvi The Strokes, ouvi Arcade Fire. Gostaria de ter ouvido mais. De todos gostei, mas no caso de Arcade Fire... Foi épico.

Os concertos de festival são diferentes. São menos pessoais. São um nome no meio de vários. Mas não foi o caso. No concerto de Arcade Fire ouve um sentimento estranho, uma espécie de amor à 1ª vista entre a banda e o público português, do qual a banda não estava à espera - o que só tornou tudo mais espontâneo e sentido.
Todas as músicas desfilaram aos meus ouvidos numa sucessões de sensações boas, cada uma melhor que a outra. O público fez aquilo que sabe melhor, aquilo que há séculos digo que fazemos como nenhum outro público. Cantou, saltou, incitou, encorajou, aplaudiu.

Adorei este concerto, mas fico com a certeza que a banda ainda gostou mais de nós. E isso deixa-me com uma sensação estranha de dever cumprido. Quando o concerto acabou, houve direito a encore (raridade em concertos de festival). O que me surpreeendeu (e agradou) neste encore foi o vocalista regressar ao palco com um ar de quem desistiu de se ir embora, de quem sabe que não se quer ir embora, de quem se rendeu definitivamente ao público português e disse: "fuckin' hell guys... Alguém por favor monte uma empresa para ensinar aos outros países o que é ser um Público!"

Para mim, o momento alto, esta música ouvida abraçada ao meu irmão (se há gigantes de palco também há gigantes de plateia e não conheço maior) ao som das palavras dele: "Já tamos a voar!" Voei muito nestes dias...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Impossíveis

Não posso. Não devo. Não és tu. Nunca serás. Porque não sabes nem podes deixar de ser tu. E eu não sei compreender quem és. E não conseguiria conjugar conviver contigo e viver comigo. Porque és fogo de artifício, fogo-fátuo, és um fósforo. E esses fogos não aquecem. São só bonitos durante um curto minuto.

 Mas ontem... Quando tocas o Ziggy Stardust  na guitarra e o Easy no piano nos intervalos de levar a cerveja ou um cigarro à boca... E Lisboa inteira se veste de noite aos nossos olhos e pés... E tudo parece fácil, apesar de me dizeres que nunca ninguém disse que ia ser... Quem consegue resistir? Eu não.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

De que material de que são feitos os sonhos?


Os meus são feitos de vários materiais, mas a marca que os representa é esta.


Esta imagem fez-me sonhar muito quando era mais nova. Como o slogan indica, com viagens e aventuras.

Não consigo precisar a quantidade de vezes que entrei numa loja... só para ver... e sonhar!
Não eram tanto as roupas que me fascinavam, eram os acessórios.

Numa altura em que isto não era comum em grandes superfícies (leia-se, não existia a Decathlon), eu delirava com a visão de canivetes e as facas de mato (adoro!), os cantis de água (com feitios e padrões camuflados), as pastilhas para tornar água potável (há 15 anos considerava isto o cúmulo da tecnologia), as rações "tipo" guerra (carnes secas e coisas desidratadas. Uhuhhh...) os espelhos para fazer fogueiras com a luz do sol, os fósforos à prova de água... Tudo isto eu adorava. Perdia-me horas a fio dentro de uma loja a ver estas coisas e a sonhar com selvas e trekkings e montanhas e tendas e praias e ilhas desertas e picos nevados.

Algumas destes lugares já visitei, onde usei alguns destes utensílios, mas para mim este coronel vale pelo que me possibilitou sonhar (e toda a gente sabe que os sonhos não têm preço!), porque se calhar despertou em mim desejos de conhecer mais e mais além, a que tenho tentado atender sempre que posso. No fundo, permitiu-me sonhar com ser feliz antes de o começar a ser.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Abram alas para o...

Ver uma bomba destas...


com outra bomba destas atrás do volante...


e depois... do vidro do banco traseiro da bomba ver uma cortina destas...
é simultaneamente uma contradição e, acima de tudo, um turn-off GIGANTE!

Dassss... Antes um calendário da Pirelli.