Impressões Moda Lx

Sábado fui rapidamente vencida pelo sol e passei a tarde numa esplanada. Mas ontem ninguém me arrancou de lá. Em primeiro lugar, tenho a impressão de que a qualidade da Moda Lisboa cresce em relação proporcionalmente inversa à organização. Os desfiles? Bons, muito bons aliás, com destaque para Nuno Baltazar e Ricardo Preto. Maria Gambina foi inspirada pela "Ópera do Malandro" do Chico Buarque mas, se soube bem ouvir a música 1 vez, repeti-la foi claramente um exagero!

No que à "fauna" que acorre a este evento (e outros que tais) diz respeito, há pessoas tão ciosas da sua originalidade e tão comandadas por um fashionismo em que (julgam elas) "ser diferente é ser mais à frente" que chegam ao ridículo!

Outro ponto positivo foi o showroom - boas marcas, boa selecção de peças, simpatia irrepreensível dos vendedores. Tinha como desvantangem o facto de não ser aberto ao público e portanto ser preciso recorrer ao "factor C" para lá entrar (sintomático do nosso país) - nunca fui apologista de "salas VIP", guestlists e afins. Neste caso em particular, parece-me um contrasenso...
Maior surpresa foi Catarina Furtado a desfilar para Nuno Baltazar enquanto o marido, João Reis declamava Fernando Pessoa e William Shakespeare.


Aqui ficam algumas imagens:


Melhor desfile - Nuno Baltazar

Melhor "vestido de sonho" (ainda N.B.)

Melhor look - Ricardo Preto