quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Laços


My Friend - Groove Armada

A última vez que me lembro de olhar para o relógio ontem eram 11.32h. "Tá quase" pensei e... acordo às 00.50h. Merda! Queria ter ligado à meia-noite. Escrevi uma mensagem enorme e sentimentalona (foi do sono) e... adormeci antes de a enviar! Acordo sobressaltada às 5.13h e percebo que adormeci de novo antes de enviar a mensagem. Merda! Fico tão furiosa que fico com uma insónia gigante e só volto a dormir às 7h e tal (quase antes do despertador tocar, aquele clássico). Acordei finalmente, mandei a mensagem (não sem antes lhe dar uns retoques, porque agora já não tenho sono!) e pus-me a pensar...

Lembro-me de muitos momentos dispersos no tempo, muitas memórias que guardo, mas não consigo identificar o momento que te tornou diferente dos restantes aos meus olhos. Provavelmente foi um conjunto de vários. Aquele momento, característica ou frase que terás dito que me fez deixar-te passar os muros altos que me rodeiam para o lado de cá. Ou se calhar (o que é mais provável) não me apercebi que te estava a deixar passar. Pensar que valia a pena conhecer-te e mais, que tinha mais a ganhar do que a perder em deixar que me conhecesses. A diferença que faz com que sejas a pessoa a quem digo "Preciso de falar" quando não o faço com mais ninguém. Saber que conheces o meu dark side e não me importar com isso. Não seres um parente genético, mas ainda assim seres família.

Tenho para mim que como os países têm quotas de CO2, também os amigos têm quotas de "lixo" que podem despejar uns nos outros. Ninguém aguenta alguém que esteja sempre a queixar-se de tudo. Faz-nos sentir impotentes, porque sentimos que não há nada que possamos dizer que vá fazer a diferença. Não é o caso. Não tenho muitas conversas difíceis contigo, mas as conversas mais difíceis que tenho são contigo. Já te acompanhei através de muita mudança e orgulho-me de ver que és daquelas pessoas (raras) que hoje está sempre um bocadinho melhor do que ontem.

Não sou daquelas pessoas utópicas que ache que será sempre assim. Não faço promessas vãs em como serei tua "amiga para sempre". Não sei. Acho que a teoria da convivência não é só uma forma das raparigas do Técnico terem o seu momento de glória, também se aplica aos amigos. Mas ainda assim, arrisco dizer que mesmo que eventualmente deixemos de partilhar tantos espaços físicos, geográficos, mentais, não me esquecerei do que temos agora.

3 comentários:

Anónimo disse...

Exelente texto.

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Tu estudás-te no técnico?...

Atrás da Lua disse...

Obrigada.
Não estudei no Técnico. O meu irmão sim, era só algo que ele costumava dizer.

Anónimo disse...

ah ok. =)

Esclarecido.

Obrigada