sexta-feira, 20 de maio de 2011

Das colunas para o palco

Ontem fui a um concerto. Mais! Ontem fui a um 1º concerto. Melhor! Ontem fui, pela 1ª vez, a um 1º concerto de alguém. E a nossa noção de escala da evolução e a prudência limitam-nos as expectativas para um 1º concerto. Quer queiramos, quer não. Neste caso ainda bem, porque assim, a surpresa foi ainda maior. A experiência foi ainda melhor.

Não é fácil passar um som das colunas para um palco. Nem para o cantor, nem para o ouvinte. O cantor luta para que a sua música seja acompanhada de uma imagem que, em conjunto, transmitam a "sua" mensagem. O ouvinte debate-se com a imagem que criou da música, enquanto saía das colunas lá de casa e com as semelhanças (ou não) com o que vê em palco.

Ao ver o videoclip, percebe-se que a Luísa tem uma visão peculiar da música e do Mundo (que bom partilharmos a nacionalidade para além do gosto Tim Burtiano) e foi essa mesma visão que conseguiu transmitir em palco. Que conseguiu materializar em palco a acompanhar músicas muito boas. E isso é especial. E isso fez com que este concerto tenha sido especial, não por ter sido o 1º, mas só porque sim.



Ainda houve tempo para interagir (muito) com o público e arriscar uma versão do Toxic da Britney Spears - a única coisinha verdadeiramente boa que a Britney fez na vida e que seria tão melhor se não tivesse a Britney na equação, o que aconteceu aqui.

Agora a minha visão da música da Luísa. Para mim, este concerto fez-se de sombras. Estas músicas viveram das e nas sombras. Nas projecções (geniais!) do conteúdo de caixas no ecrã e nas sombras da Luísa nas paredes do S. Jorge.





Muito, muito bom!

Para saber mais sobre a Luísa Sobral, sobre datas dos próximos espectáculos ou só porque o site está fabuloso: ver aqui.

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